(aqui, o texto q acompanha esse vídeo, escrito no comecinho de julho de 2018) No domingo eu faço um pequeno show (um pequeno show nunca é um pequeno show, vai saber como é que se calcula o tamanho de um show…) no IMS da avenida Paulista, que tem a ver com os 70 anos da SBPC, com o dia nacional da ciencia, e tal. Que tem a ver com o momento em que o governo corta verbas de cultura, de educação, de pesquisa, entre outras tantas.

Fato é que o pessoal da SBPC me pediu, além das coisas do meu repertório e das conversas q eu vou ter com o público ali, pra cantar um samba que foi enredo da Mangueira em 1947, chamado “Ciência e Arte”, do Cartola e do Carlos Cachaça. Tou decorando ela, de repente canto à capela, vamo ver como isso bate na hora.

Mas a reflexão sobre ciência que eu queria cantar, não tão ufanista e singela como o samba dos mestres da Mangueira, é uma canção que eu ouvi pela primeira vez num show do Gil na PUC nos anos 70 do século 20, chamada “Queremos Saber”. Depois o Erasmo Carlos gravou, a Cássia Eller gravou. Não sei se vou cantar isso lá no show, não sei se vou conseguir ensaiar/decorar, de repente dou um toque no Tonho, que conhece tudo do Gil, quem sabe?

Na dúvida, gravei ela aqui pra vocês, meio que um karaokê, não tá tecnicamente grande coisa, mas tem hora e situação em que o que importa é a história que a gente tem pra contar, né? O impacto que essa canção teve em mim lá em setenta e pico, parece que ele só aumenta, tem música que é feita num tempo e é lá na frente que ela vai explicar pra que/por que ela foi feita. E quando pintou esse show com esse mote – ciência – essa musica veio reto pra a minha cabeça.

Enfim, muito simples, canto aqui “Queremos Saber”, do Gil, em cima da linda gravação do Erasmo, essa canção me representa, eu também queria saber tudo isso.